REUNIÕES MEDIÚNICAS

A participação numa reunião mediúnica é um momento alto na vida espiritual de qualquer espírita, porquanto é uma oportunidade maravilhosa para exercitarmos a caridade, ajudando os nossos irmãos desencarnados que estão em estado de desequilíbrio e ignorando a sua situação.

Nessas reuniões, tanto para a educação do médium, como para o desenvolvimento da sua mediunidade, impõe-se que o participante esteja convicto da importância desse momento, onde a elevação de pensamentos seja uma constante.

Muitas vezes, por invigilância do próprio médium, a inobservância de um comportamento adequado à importância da reunião, traduz-se em quebras do ambiente vibratório colectivo, tão prejudiciais para o bom andamento dos trabalhos.

E se é verdade que esse comportamento deve ser observado durante os trabalhos, também não é menos verdade que tal comportamento deve fazer parte da preocupação do participante desde o seu início e até ao fim dos mesmos.

Sucede que nem sempre é assim. Muitas das vezes, assistimos a participantes nos trabalhos, completamente desresponsabilizados do seu papel, assumindo comportamentos totalmente inadequados, que só prejudicam o ambiente mediúnico e o desenvovimneto da sua própria mediunidade.

A este propósito deixamos aqui transcrita uma passagem do livro Técnicas da Mediunidade, de Carlos Torres Pastorino, na pág. 32 – Ambiente da Sessão :

“Então, para o bom funcionamento de uma reunião mediúnica, é indispensável um ambiente bem iontizado positivamente, por pensamentos elevados. A atmosfera assim carregada facilita as comunicações, já que ativa o “campo elétrico-magnético”.

O melhor meio de iontizar o ambiente é manter os acumuladores ligados ao gerador (manter mentes e corações unidos ao Pai) de modo a emitir cationtes, que saturem a atmosfera.

Essa emissão é realizada pelos pensamentos de amor desinteressado e de prece desinteressada, jamais por preces particulares só para si ou para os “seus”, nem com amor só por aquelesque estão em contacto conosco.

Em contrapartida, os ambientes carregados negativamente, com pensamentos de egoísmo, de discussões, de futilidades, de raivas e personalismos, só permitem reuniões fracas, improdutivas e até perturbadas, delas saindo os participantes em estado pior do que entraram: mais enfraquecidos, com órgãos psíquicos e físicos afetados. Se não houver ambiente bem iontizado, é melhor não realizar reuniões. Por isso não deve fazer-se uma sessão de intercâmbio em qualquer lugar, nem sob pretexto de “CARIDADE”. Sim, é caridade dar um copo de leite a um faminto; mas será caridade dá-lo quando estiver estragado ou envenenado?

Como nota final, não será dispiciendo referir, para os menos atentos, que o “BAIXO ASTRAL”, - sempre presente nos trabalhos mediúnicos - contando com a nosso comportamento invigilante, procurará uma oportunidade para criar a instabilidade necessária para impedir a nossa missão.

João Batista

ALMA - ESPÍRITO

A Alma é criada por Deus, a partir do princípio material e do princípio espiritual ou Fluído Cósmico Universal e do Princípio Inteligente. Por isso ela é semi material e, logicamente semi espiritual. Está em todas as coisas, desde o reino mais denso, reino mineral, e evolui desde este reino até ao reino animal, passando, claro pelo vegetal. Por isso nós podemos dizer que a pedra tem alma, o vegetal tem alma, o animal tem alma. Mas não podemos dizer que têm Espírito. Há nela um princípio inteligente, que provem de Deus, pela manifestação da vida, que a leva a crescer de uma forma determinística. São Almas viventes, isto é, sem livre arbítrio. É ela o elemento simples e ignorante, mencionado pelos Espíritos. Tem que crescer até criar, em si, as condições necessárias para receber o Espírito e individualizá-lo

A Alma no plano hominal é um corpo Causal, porque ela é a causa de todos os erros, em virtude de ser possuidora de inteligência e do livre arbítrio.

O Espírito é imanação Divina, não foi criado mas imanado. Provem directamente do próprio Deus, é a Centelha ou o sopro Divino, como outros lhe chamam.

Por isso é o próprio Deus no homem. Tem todos os atributos da divindade, não sendo a Divindade. Como uma célula do teu corpo não é o teu corpo, contendo, no entanto, todas as características genéticas do mesmo.

A Alma quando chega à culminância da evolução hominal está possuidora de todos os atributos do Espírito pelo que se une ao Espírito Divino. Parábola das noivas. Assim poderá dizer eu e o Pai somos um.

Tudo está bem, tudo é paz, tudo é glória. Jesus disse dai-me Pai aquela glória como era no princípio, porque a Alma sendo simples e ignorante estava pura. O Espírito não tem corpo que o individualize, por forma a não se diluir em Deus, quando em contacto com Ele. Razão porque precisa de um corpo e esse é a Alma - Corpo Causal.

Quando o Espírito desce do Mundo dos Espíritos virginais, sacrifício do Espírito, ou involução do Espírito, este recebe uma Alma individualizada, e forma-se o Ser Humano, ou Espírito vivenciando uma condição humana. Claro que o Espírito não perdeu as suas características divinas, mas a Alma grosseira impede a sua manifestação.

O Espírito é a manifestação de Deus no homem.

Daqui resulta que podemos entender não ser o Espírito que evolui mas a Alma que é a sua individualidade. Ser hominal

Claro que a partir daqui temos que entender toda a influência que a Alma tem sobre o processo. É ela que domina até muito tarde. Em face da sua densidade material ela não permite que o Espírito se manifeste na sua condição divina em plenitude, como acima referido. No entanto o Espírito vai exercendo toda a sua acção interna por forma a burilar a Alma, por dentro, tornando-a menos densa. É a acção do Eu Superior. Por sua vez através da vivência das coisas da vida e, normalmente, pelo sofrimento a Alma vai aprimorando-se e burilando-se por fora. Pela acção do Espírito, interna, e pela acção da vida, externa, a Alma vai sublimando-se até ao ponto em que se torna permeável à comunicação do Espírito. A influência da Alma torna-se, cada vez, menos visível, até ao ponto em que ela deixa de interferir permitindo a manifestação plena do Espírito. Então Deus poderá falar através do Ser, como aconteceu com Jesus. Aqui atingimos a iluminação ou realização, entramos na unidade com o Pai, sem nos termos diluído no grande oceano do Espírito que é Deus. É aquele momento em que Jesus diz Eu e o Pai somos UM, mas Ele é maior do que Eu.

Aqui temos o Espírito Santo ou manifestação de Deus através do homem.

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A REGRESSÃO DE MEMÓRIA

A regressão de memória é hoje em dia um tema que já se encontra nas mãos de homens da ciência, e em todo o Mundo está a ser estudada cientificamente, mesmo em nosso país pessoas credenciadas e idóneas, agrupam-se e se debruçam sobre o assunto, com a finalidade de o estudarem evidentemente, devido a que certas pessoas em estados alterados de consciência, falam de vidas que tiveram com uma naturalidade impressionante.

O eminente psiquiatra Dr.Brian L.Weiss nos Est.Unidos da América, sendo até então céptico, tenta demonstrar científicamente com dados concretos que coligiu, como resultado das suas investigações, que a existência de vidas passadas é um facto, tal como a Doutrina Espírita afirma na reencarnação desde 1857.

O saber de vidas passadas pode não ser a regra, mas nada nos diz que não possa ser a excepção. Pode até estar programada num plano de reencarnação específico.

Em meu entender, se atendermos ao que Allan Kardec nos diz com a sua forma reacional de se expressar, nomeadamente na parte 2ª do Cap.VII "Esquecimento do passado" Ps. 392 a 399, parece-me que ele não menciona perentoriamente que a lembrança de vidas passadas é impossível, mas segue coerentemente o funcionamento que as leis da Evolução, de Causa e Efeito e da Reencarnação determinam, até porque em 1857, embora houvesse já quem nisso pensasse, a possibilidade de uma regressão de memória a vidas passadas era coisa muito remota, para não dizer impossível.

Mas quantas coisas que nessa data eram impossíveis o são agora absolutamente normais? Se ainda hoje a resistência ao evoluir espiritual e científico é enorme em termos de prova o que não seria nesse tempo, embora saibamos que nessa época despontava uma grande explosão de ideias avançadas e de progresso para a humanidade, e nisso incluímos a Doutrina Espírita.

Penso que pela leitura da Codificação e da biografia, apercebi-me do carácter da personalidade científica e do espírito de rigor do Codificador e penso que ele não iria afirmar fosse o que fosse que não pudesse provar.

É bom que também possamos rever o Cap.VIII "Da Emancipação da Alma"-" O Sono e os Sonhos " P.402 e seguintes, que por ser muito extenso apenas refiro a P.402: Como podemos julgar a liberdade do Espíeito durante o sonho? " Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-se, tem o espírito mais faculdades do que no estado de vigília

Lembra-se do passado e algumas vezes do futuro......

O problema está na dificuldade da interpretação do sonho, quando por ele se desenrolou alguma das vidas passadas, porque acontece frequentemente apreensão incompleta do registo da memória, porque muitas vezes é confuso ou não há pura e simplesmente registo. Mas em outras vezes narra-se o sonho na sua íntegra.

Não deixa de ser tomada em certos casos uma lembrança de uma vida passada, tenha o sonhador consciência disso ou não, seja através do sonho ou de uma regressão de memória. Penso que em qualquer dos casos essa lembrança nunca recairá numa vida que possa prejudicar o objectivo a atingir na reencarnação actual, mas pelo contrário ajudar a consegui-la

Hermínio Miranda e Albert de Rochas, em os livros "A Memória e o Tempo" e " Eu sou Camille Desmoulin", também abordaram este tema cada um em seu tempo.

Ao longo da presença assídua em sessôes práticas de espiritismo, observei várias comunicações mediúnicas notoriamente anímicas, que eram histófrias de vidas. Como é óbvio requeria investigação que não está ao alcance de qualquer pessoa.

Muitas investigações têm sido feitas, principalmente com crianças que lembrando-se de vidas passadas por serem próximas, tudo aponta para confirmar a Reencarnação.

Quero dizer que a minha atitude será de sensatez, esperando pelo veredicto da ciência, o que segundo penso não será tão longa do que aquela que Galileu sofreu.

Sim ou Não. Eu só pretendo a verdade.

Abrame

Veja uma entrevista feita no Brasil ao Dr. Brian Weiss

UMBRAL / ASTRAL INFERIOR

Uma das funções da doutrina Espírita, entre muitas, é aquilo a que, por vezes, chamo limpeza do Astral.

Efectivamente não passa pela cabeça, de muita gente, as condições existentes no Astral inferior, ou aquilo que muitos chamam do Umbral. É uma zona de forte desequilibrio mental e emocional, onde as energias são extremente negativas e deprimentes.

Estas energias são plasmadas e alimentadas pelas mentes doentes e desequilibradas de nossos irmãos, que ali habitam e por muitos dos que habitam no plano físico, que se encontram na mesma condição psico-mental-emocional.

Ora nós sabemos que, muitos destes nossos irmãos, estão presos ás correntes de sua maldade. No entanto também sabemos que, a maior parte deles, apenas ali estão por ignorância de si mesmos.

Se é verdade que, o esclarecimento dos que estão presos às correntes de sua maldade, não é fácil, mas é possível, o mesmo já não acontece com aqueles que apenas ignoram o que são, quem são e porque assim vivem.

Então, para que estes possam ser esclarecidos, apenas é necessário um pouco de disponibilidade de nossa parte, para promovermos esse esclarecimento, temperada com uma pitada de Amor.

Tudo o que possamos fazer nesse sentido é um extremo acto de caridade para com nossos irmãos.

Ao esclarecermos um irmão, que seja, é menos uma mente plasmando energias negativas no Astral inferior, e mais um que, a breve tempo, estará colaborando no lado positivo da vida.

Por outro lado, as energias negativas combatem-se com energias positivas. Ao reunirmo-nos em trabalho espiritual, seja ele qual for, desenvolvemos energias positivas que irão eliminar alguma parte das energias negativas, por outros criadas, promovendo assim o equilibrio de nosso planeta, ainda bastante desequilibrado.

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OS OLHOS DA ALMA

Há mais de 20 anos, numa deslocação a Braga, fiquei alojado no Sameiro. Tendo-me levantado cedo saí para a rua e, por curiosidade, desloquei-me à Igreja que ali se encontrava, mais para apreciar a sua arquitectura que outra coisa.

Pouco passava das 7 da manhã e, para espanto meu, um sacerdote estava celebrando missa.

Mais espantado fiquei quando verifiquei não se encontrar mais ninguém dentro da Igreja.

Fiquei observando e o nosso irmão levou toda a celebração até ao final como se a igreja estivesse repleta de fiéis. Claro que o ambiente logo nos conduz ao retiro de nós mesmos e à formulação de perguntas. Eu perguntei porque o sacerdote estava celebrando a missa se ninguèm estava presente?

A resposta veio pronta e racional " Se olhares com os olhos da Alma logo verás que a igreja está repleta de gente ". Como não tenho vidência logo saí e dirigi-me a uma irmã nossa, que fazia parte do grupo, que é vidente, para poder confirmar. Pois a igreja estava mesmo repleta de irmãos nossos desencarnados. Só depois lhe contei o porquê do meu pedido.

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