sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CARACTER UNIVERSAL


Pensamos que há três situações distintas dos que se reclamam de Universalistas.

A primeira pertence aos materialistas que tomando conhecimento que o nosso veículo físico é também formado pelos elementos que constituem o universo material os leva a considerarem-se universais.

A segunda é a que englobando a parte espiritual a que pertencem as religiões, algumas até usam a palavra universal nas suas próprias denominações, chamando-se a si mesmas - religião universalista - por se acharem possuidores da verdade universal.

Este universalismo é estruturado pelos seus próprios postulados, formados pelas suas interpretações dos livros chamados sacros.

A terceira pertence àqueles que acreditando em Deus, a verdade absoluta, que está em toda a parte e que tudo creou em unidade, adquirem o seu estatuto de Universalistas, porque não se querem separar do todo a que pertencem, ou seja, são de todas as áreas do conhecimento quer material, quer espiritual e não são de nenhuma em particular.

No Universo toda a tendência evolucionista é para a unidade e não para o divisionismo.

Conhecemos espíritas com esta forma de pensar que não deixam de seguir a Doutrina Espírita e bem.

Não podemos negar que na Doutrina Espírita, como em qualquer organização religiosa e não só, existem várias categorias de adeptos: Os ortodoxos, os fundamentalistas, os fanáticos, os bem intencionados, os lúcidos, os instruídos, os ignorantes, os esclarecidos etc. etc.

Será que nós já não pertencemos a qualquer dessas categorias, ou ainda pertencemos a algumas delas?

Pelo estudo que temos feito da Doutrina Espírita temos encontrado nela toda uma tendência Universalista porque o seu Codificador que sendo de base cientifica teve a rara visão inteligente, de unir a ciência à filosofia e estas à religiosidade. A Doutrina Espírita não obriga a nada. A creatura é livre para agir como deseja, mas com a consciência de que todos somos responsáveis pelos próprios actos.

Para além disto, ALLAN KARDEC como cientista que era, sabia que tudo no Universo está em constante transformação e verificamos que na codificação esse assunto era de facto sua preocupação, o que demonstra que este homem era de grande honestidade e competência, dando provas de um carácter universalista, tornando assim a Doutrina Espírita evolucionista e infinita.

Se a Doutrina Espírita é uma Doutrina em evolução, de que racionalmente não se duvida, pois foi o próprio Codificador que obviamente o declarou, logo também é óbvio que os seres humanos que também se encontram em evolução evoluem com ela e ela com eles.

Pelo que sabemos não há qualquer obstáculo a compreender que a Doutrina Espírita conduz à evolução dos Seres humanos, através do seu estudo e prática, isso é um facto comprovado por nós próprios.

E sendo assim jamais poderá ser compreendida como imutável.

Abrame


sábado, 22 de agosto de 2009

ESPIRITISMO: OBJECTIVO PRINCIPAL E DOUTRINAÇÃO

Em tempo de férias, proponho um tema de reflexão que pode, eventualmente, ajudar a esclarecer algumas dúvidas sobre esta matéria. E se, ao invés, o texto suscitar novas perguntas, é sinal que cumpriu também a sua função como elemento do interesse em querer saber mais.

Filipe

Espiritismo: objectivo principal e doutrinação

«O objectivo principal do Espiritismo não é assistência material que se presta caridosamente aos necessitados; não é a cura de moléstias sempre úteis à purificação de corpo e espírito; nem tampouco a fenomenologia ostentada pelas sessões de efeitos físicos, nem a maioria dos actos e práticas realizados diariamente nas associações espíritas mas, sobretudo, a espiritualização, repetimos, a evangelização. Por isso é que Allan Kardec asseverou, de forma incisiva e inspirada "que se conhece o verdadeiro espírita pela transformação moral pela qual ele passa"; o homem velho, do passado, cheio de vícios, defeitos, paixões e impulsos animalizados, transmutando-se no homem novo, moralmente renovado, voltado agora para a vida virtuosa, preocupado com a conduta e as realizações próprias desse campo. Assim, pois, resumindo e repetindo, diremos que a finalidade principal do Espiritismo é a evangelização e o esclarecimento das almas, e que todas as demais modalidades ou aspectos do problema são secundários ou decorrentes. O processo mais viável e seguro de se atingir esse alto objectivo é, ainda e sempre, aquele que o Evangelho aponta: a renovação dos sentimentos para se obter, como consequência, a purificação de pensamentos e actos; em seguida, a conquista de virtudes morais que faltam a todos os seres humanos nos graus inferiores da evolução; e, por último, a busca do Reino de Deus, pelo uso e pela prática dessas virtudes no campo da vida social. Como não pode haver pureza espiritual em corpo poluído, é necessário, antes de mais nada, combater os vícios mais comuns, como sejam, o fumo, o alcoolismo, o jogo, a gula (aliás, para os passes individuais convém observar que só deve dar passes o médium que não for viciado em álcool e/ou fumo porque, nesses casos, transferirá para os doentes os venenos armazenados no seu próprio organismo); depois, as paixões mais generalizadas como a sensualidade, a avareza, a brutalidade, etc., como ainda os defeitos morais: orgulho, egoísmo, hipocrisia, maledicência, etc., travando contra eles luta tenaz e porfiada.
Relativamente ao trabalho prático numa sessão espírita: muitos espíritos desencarnados demoram longo tempo na inconsciência ou na readaptação. Para facilitar o seu despertar ou o seu esclarecimento, esses Espíritos são trazidos às sessões de doutrinação, e aí ligados, momentaneamente, a médiuns de incorporação para ajudar ao despertar e ao retomar o caminho do aperfeiçoamento espiritual. Doutrinar Espíritos não é tarefa fácil e exige conhecimentos doutrinários bastante desenvolvidos; por outro lado, é necessário possuir o doutrinador senso psicológico para poder captar com rapidez a verdadeira feição moral do caso que defronta e, em consequência, encaminhar a doutrinação no devido rumo; como também é necessário possuir paciência e bondade, humildade e tolerância, porque somente com auxílio destas virtudes, pode ele enfrentar os casos difíceis da doutrinação de Espíritos maldosos, zombeteiros e intelectuais empedernidos. A consulta a livros doutrinários não basta, porque eles não podem entrar em certos pormenores que pertencem ao trabalho prático, à experiência pessoal amadurecida com o tempo e com embate das diferentes modalidades que o problema apresenta. A doutrinação tem inúmeros aspectos e visa não somente Espíritos denominados sofredores, mas também Espíritos ignorantes que permanecem em esferas de embrutecimento; Espíritos maldosos que se devotam ao mal conscientemente; Espíritos intelectualmente desenvolvidos, mas que ainda não penetraram no caminho da redenção espiritual. Por outro lado, é preciso considerar que a doutrinação não pode ser imposta a poder de argumentos; é, preferentemente, uma colaboração de carácter evangélico em bem do próximo; os pontos de vista e os desejos dos Espíritos, salvo nos casos de inconsciência, devem ser respeitados porque o livre-arbítrio é sagrado. Assim, o Espírito que, sendo consciente e livre, recusa ou despreza a doutrinação, não deve ser forçado a ouvi-la ou ameaçado de represálias. Ao contrário, deve ser convidado a voltar noutra ocasião e, em seguida, despedido cordialmente não se perdendo mais tempo com ele ou estabelecendo discussões intermináveis e irritantes, que sempre acabam por diminuir a autoridade moral do doutrinador.
Este deve jogar a sua semente e esperar que ela germine no coração do visitante empedernido.»


Texto retirado de “Prática Mediúnica” de Edgard Armond (analisado na reunião da AELA do dia 3/02/2009)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Opiniões

Muitas vezes, a opinião que emitimos sobre uma determinada questão, é diferente da opinião emitida por outra pessoa. Isto leva-nos ao pressuposto de que uma das opiniões está incorrecta ( normalmente a do outro ). Não somos capazes de admitir que opiniões diferentes, normalmente, resultam de vivências diferentes. Em vez de seguirmos o caminho da negação, pela admissão do possível erro, deveríamos seguir o caminho da análise, que permitisse a complementaridade, de forma a fazermos crescer nossos conhecimentos. Dois verão sempre mais do que um.

Será sempre na interacção que nos complementaremos. Sabendo que o crescimento é individual, teremos que perceber que, parte dele, é feito de fora para dentro, com base nas experiências que os outros nos transmitem e pela análise da criação.

Somos todos frutos da mesma árvore.


Atlante

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

NA CASA DO PAI HÁ MUITAS MORADAS

(Jo: 14, 1-3) Não se turbe o vosso coração; Credes em Deus, Crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.

A nossa casa situa-se no Universo, quer no invisível, quer no visível aos nossos órgãos sensoriais nos mundos da forma e isso depende do grau evolutivo em que nos encontrarmos.

Jesus disse que a casa do Pai tem muitas moradas, o que isso corresponde em nosso entendimento de que a casa que habitarmos terá a frequência vibratória de acordo com a da nossa alma na altura, por isso é que há muitas moradas.


Alan Kardec também nos fala das "Esferas", ver no - Céu e o Inferno - Cap.VIII - Os Anjos em 2 e na 1ª Parte -Cap.IX em 10.
Na génese Cap. I em 61.
No Livro dos Médiuns - Cap. XXV 282 - 3ª; Cap.XXVI 294 - 29ª
No Livro dos Espíritos Parte 2ª Cap. VII 342 - Cap.VI 300;302 e 303 - Parte 3ª Cap. II 662 e para quem lê os livros da codificação e não só, se encontra subentendido em outras exposições.

Não serão as esferas os diversos planos de frequência vibratória?

Na creação existem 6 Leis entre muitas outras, que são fundamentais para se compreender porque existe a dor, o sofrimento, a alegria, a repulsa, a atracção, o ódio, o amor, a fraternidade, etc, que criam sentimentos de retracção profunda e de expansão de infelicidade e de felicidade, cujas vivências transformam o homem em termos de crescimento espiritual através da expansão gradual da sua consciência e que são determinantes da Lei da Evolução, correspondendo a vibrações de maior ou menor frequência vibratória.

A Lei de Causa e Efeito
A Lei da Reencarnação
A Lei da Afinidade/Atracção
A Lei da Acção e Reacção (Que produz a)
A Lei da Interacção

Conhecer estas Leis no seu desenvolvimento mais profundo e visioná-las na sua operacionalidade de consequência e de conjunto é de extrema importância.

Quem o conseguir fazer numa visão de síntese cósmica, deixando perpassar todo o processo evolutivo do Ser desde o princípio, abrir-se-lhe-à perspectivas excepcionais de compreensão de infindáveis situações que são propostas ao homem na sua caminhada ascensional.

Pensamos que tudo está em tudo e tudo influencia tudo. Tudo provem do centro para a periferia em estado primário e tudo regressa ao centro em estado sublimado.

A casa que nos estará destinada em outra dimensão em qualquer altura da evolução, será no plano que rigorosamente tem a frequência vibratória que a nossa alma adquiriu evolutivamente no momento em que deixarmos a dimensão terrena.

Abrame

sábado, 1 de agosto de 2009

RELIGAR

ERA UMA VEZ UM HOMEM QUE, EM PEQUENINO, FOI LEVADO PARA MUITO LONGE, A FIM DE INICIAR A SUA EDUCAÇÃO.

NÃO OBSTANTE A SUA TENRA IDADE, LEVOU NO SEU CORAÇÃO A IMAGEM E A BELEZA DO AMBIENTE PARADISÍACO DA QUINTA ONDE NASCERA, JUNTO À AZENHA MOVIDA PELAS ÁGUAS DO RIO, ONDE TANTAS VEZES NADARA E BRINCARA.

JAMAIS SE PODE SEPARAR DA NOSTALGIA DAQUELE AMBIENTE, DE UMA NATUREZA CHEIA DE ENCANTO, HARMONIA E PAZ, EM QUE A FLORA REGADA POR ÁGUA CLARA, DE UMA PUREZA SAGRADA, ERA O HABITAT DE PASSARINHOS DE MIL CORES, E DE LINDOS E BELOS ANIMAIS, QUE DELICIOSAMENTE PASTAVAM EM VERDES PRADOS.

PERCORREU MUNDO, E FOI INICIADO EM DIVERSOS OFÍCIOS. APRENDEU NO MUNDO, NO TRABALHO ÁRDUO E NAS VICISSITUDES DE QUE ELE É COMPOSTO, O SEGREDO DA VIDA, TENDO SEMPRE NA SUA MENTE, A IDEIA DE VOLTAR ÀQUELE LOCAL ONDE NASCEU.

E ASSIM ACONTECEU. QUANDO LÁ CHEGOU, JÁ NÃO ENCONTROU NINGUÉM QUE O CONHECESSE. OS PAIS E OS FAMILIARES JÁ TINHAM PARTIDO, PORQUE TINHA HAVIDO UMA GRANDE CATÁSTROFE CLIMATÉRICA. O RIO E A TERRA TINHAM SECADO; TUDO ERA ÁRIDO E DESOLADOR. A ÚNICA COISA QUE LHE DISSERAM, FOI QUE OS PAIS LHE HAVIAM DEIXADO A QUINTA POR HERANÇA.

CANSADO DA VIDA E DO MUNDO, NÃO DESANIMOU; TINHA UM ÚLTIMO TRABALHO A EFECTUAR. A SUA ALMA ASSIM LHE PEDIA, QUERIA QUE A SUA QUINTA VOLTASSE A SER O PARAÍSO QUE, EM TANTOS ANOS, ACALENTARA. QUERIA VOLTAR A SER PEQUENINO, PARA PODER VIVER DE NOVO A INOCENTE FELICIDADE DA LIBERDADE INFANTIL.

AQUELA TERRA NÃO DEIXAVA ENTRAR ENXADA, ERA VERDADEIRAMENTE AMARGA; NECESSITAVA DE ÁGUA REVIGORANTE, PORQUE TINHAM SIDO MUITOS ANOS DE INFORTÚNIO, DE UMA SECURA IMENSA NAQUELA SOLIDÃO, ONDE PADECIA DE MUITA SEDE.

PERCORREU MONTES E VALES, ATÉ QUE, AO VOLTAR, CRENDO AINDA, ENCONTROU, SURPREENDIDO, BEM PERTINHO, UM RIACHO QUE SEMPRE ALI ESTIVERA, SEM QUE TIVESSE DADO POR ISSO, E POR ONDE BORBULHANTE DESLIZAVA ÁGUA DE UMA PUREZA IMACULADA. PRECIPITOU-SE NO RIO, LOUCO DE ALEGRIA, SACIANDO A SUA SEDE E, DE IMEDIATO, TRATOU COM ESMERO, DE COLOCAR CANAIS PARA QUE A ÁGUA IRRIGASSE A SUA HERDADE.

TRABALHOU SEM DESCANSO, CAVANDO A TERRA MALEÁVEL, PLANTOU ÁRVORES, JARDINS CHEIOS DE FLORES, RELVOU OS CAMPOS, REUNIU ANIMAIS E TRATOU DELES, TORNANDO-OS MANSOS E COOPERATIVOS; OS PASSARINHOS VOLTARAM A ENCHER OS CÉUS COM OS SEUS CHILREIOS E A SUA GRAÇA.

REFEZ O LAR DA SUA FELICIDADE. TODO O DEAMBULAR PELO MUNDO, POR TUDO QUE NELE PASSOU, PELO ESFORÇO DE RECONSTRUÇÃO DA SUA QUINTA, FORAM APRENDIZAGEM E ELEVAÇÃO, QUE LHE DERAM A SATISFAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE SER VIDA CONSCIENTE.

DEPOIS DE TANTO TEMPO, ERA O REGRESSO E A RECONSTRUÇÃO DA CASA DE ONDE SAÍRA.

ABRAME

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