segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Filmes que abordam a temática da espiritualidade

Esta lista é actualizada no site da AELA em http://www.aela.pt/400413.html

A Profecia Celestina (The Celestine Prophecy de Armand Mastroianni com Matthew Settle, Thomas Kretschmann, Sarah Wayne Callies): Um professor acaba de perder o emprego e está numa encruzilhada. Mas a sua vida está à beira de sofrer uma profunda metamorfose que será iniciada com um telefonema de uma antiga namorada. Charlene é jornalista e acabou de chegar do Peru, de onde voltou fascinada com a história de uma antiga profecia. Um antigo manuscrito foi encontrado nas florestas peruanas, contendo nove visões que a humanidade precisa conhecer. John acaba por se deixar convencer e embarca numa viagem até ao Peru, numa viagem iniciática para compreender o significado contido nas nove visões.

Estigma (Stigmata de Rupert Wainwright com Patricia Arquette, Gabriel Byrne, Jonathan Pryce): Frankie Page é uma mulher corajosa e de espírito livre, sem grandes cautelas ou preocupações e sem qualquer fé em Deus. Tudo isto muda quando lhe começam a surgir estigmas - as chagas de Cristo. A situação de Frankie é entregue ao cuidado do investigador principal do Vaticano, o Padre Kiernan. Mas o Cardeal Houseman entende que a situação que Frankie está a investigar encerra factos passíveis de destruir a Igreja. Ele está convencido de que Frankie tem que ser silenciada. Kiernan vai então arriscar a sua vida para salvar Frankie e a mensagem que pode abalar a Igreja Católica Romana.

GhostO Espírito do Amor (Ghost de Jerry Zucker com Demi Moore, Patrick Swayze, Whoopi Goldberg): Sam Wheat e Molly Jensen formam um casal muito apaixonado. Ao voltarem de uma apresentação de "Hamlet" são atacados e Sam é morto. No entanto, o seu espírito não vai para o outro plano e decide ajudar Molly, pois ela corre o risco de também ser morta. Para poder comunicar-se com Molly ele pede ajuda a Oda Mae Brown, uma médium que consegue ouvi-lo, para alertar Molly do perigo que corre.

Linha Mortal (Flatliners de Joel Schumacher, com Kiefer Sutherland, Julia Roberts, Kevin Bacon, William Baldwin): Fascinados pela vida depois da morte, cinco estudantes de medicina embarcam numa perigosa experiência para tentar averiguar o que existe depois da morte. Eles querem passar as fronteiras da vida e, um a um, provocam a sua morte clínica para poderem encontrar respostas às suas perguntas. Cada um tenta ficar do “outro lado” o maior tempo possível mas a experiência ganha inesperados contornos quando começam a vivenciar lembranças traumáticas do passado, antes de serem reanimados pelos colegas.

Minha Vida na Outra Vida (Yesterday's Children de Marcus Cole com Jane Seymour, Clancy Brown, Kyle Howard, Denis Conway): Baseado no livro autobiográfico de Jenny Cockell que relata os factos reais por ela vividos, o filme conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 30. Intrigada, Jenny inicia uma longa e difícil jornada em busca dos seus filhos da vida passada, após vencer a resistência da sua família que acaba por ajudá-la na sua busca.

O Poder dos Sentidos (Dragonfly de Tom Shadyac com Kevin Costner, Susanna Thompson): A médica Emily Darrow morre num acidente de viação quando estava em missão humanitária numa remota montanha da Venezuela. O marido, também médico, encontra recordações de Emily em todos os lugares, entre elas imagens de libélulas, o seu talismã, devido a uma marca de nascença no ombro. O desconforto de Joe aumenta quando visita os pacientes de Emily no hospital pediátrico e descobre que eles são uma surpreendente ligação com ela. Para elas, ele é o Joe da Emily. Os relatos de algumas crianças que recuperaram a consciência, após passarem por comas profundos e por um estado de 'quase-morte', fazem Joe acreditar que Emily está a tentar comunicar com ele. Enquanto os seus amigos e colegas de trabalho se preocupam com a sua saúde mental, Joe entende que deve usar a fé e não os factos para responder às suas dúvidas e inicia uma busca para encontrar as respostas de que precisa.

O Sexto Sentido (The Sixth Sense de M. Night Shyamalan, com Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collette): O Dr. Malcom Crowe é um notável psicólogo de crianças perseguido pela dolorosa memória dum paciente que ele não foi capaz de ajudar. Quando conhece Cole Sear, uma assustada e confusa criança de oito anos que sofre de um problema semelhante, Malcolm procura redimir-se do seu erro, fazendo tudo o que está ao seu alcance para ajudar Cole. No entanto, Malcom não se encontra preparado para compreender a verdade que persegue Cole: visitas indesejáveis e terrificantes dos inquietantes habitantes do mundo espiritual! A descoberta incrível do sexto sentido de Cole condu-lo e a Malcolm a imprevistas consequências.

Os Outros (The Others de Alejandro Amenabar com Nicole Kidman, Fionnula Flanagan, Christopher Eccleston): Numa ilha isolada, após o fim da 2ª Guerra Mundial, uma mulher de nome Grace espera em vão pelo regresso do marido. Grace tem criado sozinha os seus dois filhos, que têm uma rara doença que os impede de se exporem directamente à luz solar sem serem gravemente afectados. Vivem constantemente com opressivas e estranhas regras em que “nenhuma porta se abrirá sem que a anterior esteja fechada”. Tudo muda com a chegada de três misteriosos empregados que farão com que uma série de acontecimentos tenha consequências inesperadas e um final surpreendente.

Para Além do Horizonte (What Dreams May Come de Vincent Ward com Robin Williams, Cuba Gooding Jr., Annabella Sciorra, Max Von Sydow): Chris e Annie perdem os dois filhos num acidente de automóvel. Annie fica mentalmente afectada e Chris, que é médico, ajuda-a a lidar com o trauma. Mas Chris é também vítima dum acidente e Annie acaba por se suicidar. Chris descobre que a nova vida depois da vida é bem diferente do que pensava e quando sabe que a mulher se suicidou e está num lugar horrível, decide ir resgatá-la ao umbral no que será ajudado por guias celestiais.

Sempre (Always de Steven Spielberg com Richard Dreyfuss, Holly Hunter, John Goodman, Brad Johnson, Audrey Hepburn): Pete Sandich é um destemido e brincalhão piloto de combate a fogos que morre ao evitar que Al, outro piloto que combate o mesmo incêndio que Pete, se acidente. Pete despenha-se mas acorda ileso, acabando por descobrir que morreu e é, agora, um espírito que ninguém vê nem ouve. Começa por usar a sua nova condição para brincar com os vivos até perceber que tem outras tarefas, bem sérias, pela frente.

Vida Depois da Morte (Beyond and Back de James L. Conway com Vern Adix, Linda Bishop, Janet Bylund): sobre as Experiências Quase Morte (EQM), os impressionantes relatos de pessoas que ficaram mortas por alguns minutos e voltaram à vida. Elas contam o que viram e sentiram. Baseado em factos reais, Vida Depois da Morte foi realizado nos anos 70, a partir das pesquisas científicas pioneiras do Dr. Raymond Moody Jr. Essa produção histórica aborda, com seriedade, outros temas importantes, como a reencarnação e os fenómenos mediúnicos sob o ponto de vista da Ciência.

domingo, 10 de janeiro de 2010

REFLEXÃO


           Em todas as linhas espiritualistas o Ego humano não deixa de expressar subtilmente, através do seu perspicaz e instintivo intelecto, o desejo de sobrepor-se à ordem estabelecida que encontra, utilizando para isso tudo o que a sua mente registou na luta no Mundo, servindo-se das concepções estabelecidas para se sobrepor a seus irmãos de jornada. Muitas vezes não hesitando em proceder de forma reprovável contra aqueles que os ajudaram e lhe deram a mão amiga convencidos que os superaram.

         Os exemplos de outras linhas espiritualistas servem de base ao que acontece muitas vezes no nosso caminho de aprendizagem e por isso achei interessante reproduzir aqui o testemunho de Sri Maha Krishna Swami, no seu livro intitulado – Ramana Meu Mestre.  

         Bhagavan Sri Ramana não aprovava distinções. Durante o trabalho, durante as refeições ou em qualquer outra actividade, jamais fazia separação entre ele próprio e os demais. Entretanto, o povo hindu é bastante conservador em seus hábitos e insistiam em levantar-se quando Sri Ramana entrava no hall ou saída dele. Algumas pessoas se impunham como dever oferecer-lhe iguarias ou frutas raras. Como não percebessem que estavam agindo contra os ensinamentos, Ramana advertiu-as: “Porque toda essa demonstração de respeito e devoção? Quem aqui lhes ensinou tamanha hipocrisia? O que vocês ganham com isso? Não podem ser apenas naturais? O importante é ter o coração puro e sincero. Como vocês podem conscientizar-se da essência divina com uma demonstração externa?.

         A homenagem exterior poderia ser aceita, na melhor das hipóteses, de uma forma gentil, pois Bhagavan Sri Ramana era delicado para com todos. Mas ele nunca deixou que esses gestos externos se tornassem mais importantes que a recepção dos ensinamentos que ele transmitia. Ele sempre foi muito claro e categórico a esse respeito: “Existem aqueles que levam seus falsos mestres em procissão e os ostentam perante a multidão. Quando se cansam deles, cavam um poço e perguntam: ‘Você entrará no poço por si mesmo ou nós devemos empurrá-lo?’ Não são raras as pessoas que chegam aqui e se mostram bastante sinceras, mas assim que elas se acomodam acham-se donas do lugar. Agem como posseiros e querem adaptar tudo ao seu gosto pessoal. Pensam que o Mestre deve satisfazer suas vontades e não percebem sua inconsciência espiritual. Em troca de suas demonstrações de devoção, o Mestre tem que neutralizar toda a desarmonia que causam. Essas pessoas imaginam que é dever do Mestre fazer o trabalho de elaboração por elas. Pela prática constante da meditação é possível purificar-se, reconhecer o ego, desmascará-lo e aniquilá-lo. Mas as pessoas queimam cânfora e esperam purificar-se com isso. Será que elas realmente acreditam que podem conseguir algo sem um trabalho de auto-elaboração? Elas não querem submeter-se à vontade divina, mas querem que a vontade divina se curve diante delas. Algumas ostentam suas oferendas aos Mestres. O que elas têm para oferecer? A única oferenda real é aniquilar a mente pensante e permanecer natural, de acordo com a essência divina”.

Com muita amizade

 Abrame

sábado, 2 de janeiro de 2010

SEJAMOS TAMBÉM FILÓSOFOS


No passado dia 19 de Novembro do ano transacto, celebrou-se o Dia Internacional da Filosofia, instituído em 2002, pela UNESCO. Foi um dia que passou completamente despercebido no nosso País.

De imediato nos veio à ideia a afirmação de Allan Kardec, feita no preâmbulo do seu livro “O que é o Espiritismo”; “O Espiritismo é simultaneamente uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que podemos estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.”

Como filosofia, a Doutrina Espírita assenta, fundamentalmente, no tratado contido no Livro dos Espíritos, o qual foi trazido à Humanidade pelos espíritos superiores e ditado a Kardec, o qual com a sua inteligência e capacidades notáveis deu início à Codificação Espírita.

Poderão alguns - naturalmente não espíritas - afirmar que o Espiritismo não é uma Filosofia, pois não adopta uma linguagem técnica. O Prof. Herculano Pires, em dado momento da sua vida, foi bastante confrontado com essas observações, feitas por alguns formalistas. Não deixando de tomar posição quanto a essa argumentação, fê-lo da seguinte forma: “Seria o caso de perguntarmos se filosofia é uma técnica de linguagem ou um processo de indagação da verdade através do pensamento.”

Em cada um de nós, dos mais cultos aos menos cultos, existe um filósofo em potência, um ser cósmico, talhado para pensar, para descobrir a beleza da vida, tanto material como espiritual, procurar transcender-se até ao Criador. Afinal, filosofar, como disse o Prof. Herculano Pires, é “descobrir no fundo de si, como no fundo do poço, a pureza da verdade nua.”

A definição de Filosofia, feita por Pitágoras, como sendo “O amor da sabedoria”, é concomitantemente simples e profunda. Para atingirmos essa sabedoria, a que se refere o filósofo grego, importa ser um pensador livre, liberto de preconceitos e de dogmas, tão castradores da nossa consciência. E uma das virtudes da Doutrina Espírita é o apelo que esta faz à fé raciocinada. Atente-se nas palavras de Kardec, no O Livro dos Espíritos. Conclusão, item 6: “Faria uma ideia bem falsa do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais [...]. A sua força está na sua filosofia, no apelo que faz à razão, ao bom-senso. [...] Fala uma linguagem clara, sem ambiguidades. Nele nada há de místico, nada de alegorias susceptíveis de falsas interpretações: quer ser compreendido por todos, porque chegaram os tempos de fazer os homens conhecerem a verdade [...]. Não exige uma crença cega, quer que se saiba por que crê. Apoiando-se na razão, ele será sempre mais forte do aqueles que se apoiam no nada.”

Kardec foi, sem dúvida, um pedagogo do seu tempo, mas afirmou-se, essencialmente, como o primeiro pensador espírita, o primeiro filósofo espírita, na verdadeira acepção do termo. Deixou-nos um legado notável, um conjunto de estudos, de pensamentos e de reflexões, feitos com invulgar inteligência, inscritos por toda a sua obra, cuja profundidade importa estudar, compreender e divulgar. É necessário, por isso, ler e reler Kardec, não bastando uma mera leitura superficial ou de ocasião. Impõe-se um estudo aprofundado e sistematizado.

A Doutrina Espírita, para quem escolheu a vida espiritual, é um princípio, um meio, mas nunca será o fim. E se procuramos a VERDADE - que está em DEUS -, a Doutrina Espírita é um caminho, de entre vários, pois como disse o filósofo maior JESUS, conhecereis a VERDADE, e a verdade vos libertará. Saibamos, pois, trilhar esse caminho com convicção, firmeza e segurança, pois, inevitavelmente, outros caminhos nos serão oferecidos.

E como ponto final nesta nossa reflexão citamos o filósofo universalista Huberto Rohden, no seu livro de Alma para Alma; “O homem Cósmico está com os pés solidamente firmados na Terra e com a cabeça gloriosamente banhada pela luz eterna do céu e, quando contempla o céu, não perde de vista a Terra.”


João Batista

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