quinta-feira, 7 de abril de 2011

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terça-feira, 29 de março de 2011

Que acrescentam os Espíritos à moral de Cristo?

«não podia a doutrina ser obra nem de um só Espírito, nem de um só médium. Tinha que emergir da colectividade dos trabalhos, comprovados uns pelos outros. 55. Um último carácter da revelação espírita, a ressaltar das condições mesmas em que ela se produz, é que, apoiando-se em factos, tem que ser, e não pode deixar de ser, essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação. Pela sua substância, alia-se à Ciência que, sendo a exposição das leis da Natureza, com relação a certa ordem de factos, não pode ser contrária às leis de Deus, autor daquelas leis. As descobertas que a Ciência realiza, longe de o rebaixarem, glorificam a Deus; unicamente destroem o que os homens edificaram sobre as falsas ideias que formaram de Deus. O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação. Entendendo com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que ele se suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim providencial. Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará […] Do ponto de vista moral, é fora de dúvida que Deus outorgou ao homem um guia, dando-lhe a consciência, que lhe diz: Não faças a outrem o que não quererias te fizessem. A moral natural está positivamente inscrita no coração dos homens […] A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de que não há outra melhor […] Pois bem! os Espíritos vêm, muito simplesmente, aumentar o número dos moralistas, com a diferença de que, manifestando-se por toda parte, tanto se fazem ouvir na choupana, como no palácio, assim pelos ignorantes, como pelos instruídos. O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos, princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado e de seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as próprias leis da Natureza. Com o auxílio das novas luzes que o Espiritismo e os Espíritos espargem, o homem se reconhece solidário com todos os seres e compreende essa solidariedade; a caridade e a fraternidade se tornam uma necessidade social; ele faz por convicção o que fazia unicamente por dever, e o faz melhor. Somente quando praticarem a moral do Cristo, poderão os homens dizer que não mais precisam de moralistas encarnados ou desencarnados. Mas, também, Deus, então, já não lhos enviará»

Allan Kardec, A GÉNESE, 1ª pt, cap. I - § 54-56

terça-feira, 22 de março de 2011

CURSO SOBRE DOUTRINA ESPÍRITA - 2011


2011 - CURSO SOBRE DOUTRINA ESPÍRITA

nível 2 - estudos de pesquisa + nível 3 - workshop
Destinatários: formandos com certificação do nível 1
Número de inscrições: mínimo 5
Datas de: início Abril.20 – encerramento Julho.27
Total: 30 hs

Programa:
Doutrina Espírita comparada com outras doutrinas filosóficas e morais, com religiões e com investigações científicas.

As vozes do Céu - em "O Evangelho segundo o Espiritismo"

«Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.
«Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.
«As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.
«Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros»

Allan Kardec, O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Pref.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Em Destaque - O Desconhecido e os Problemas Psíquicos por Camille Flammarion


Este livro está dividido em 9 capítulos, mais Introdução e Conclusão segundo os título e temas que se referem seguidamente:
OS INCRÉDULOS - OS CRÉDULOS - AS MANIFESTAÇÕES TELEPÁTICAS DE MORIBUNDOS E AS APARIÇÕES - EXPOSIÇÃO DOS FACTOS - ADMISSÃO DOS FACTOS - ACÇÃO TELEPÁTICA x COINCIDÊNCIA FORTUITA DAS ALUCINAÇÕES PROPRIAMENTE DITAS - ACÇÃO PSÍQUICA DE UM ESPÍRITO SOBRE OUTRO - TRANSMISSÃO DE PENSAMENTOS. – SUGESTÃO MENTAL. – COMUNICAÇÃO À DISTÂNCIA ENTRE PESSOAS VIVAS - O MUNDO DOS SONHOS - DIVERSIDADE INDEFINIDA DOS SONHOS – FISIOLOGIA CEREBRAL – SONHOS PSÍQUICOS: MANIFESTAÇÕES DE MORIBUNDOS RECEBIDAS DURANTE O SONO – A TELEPATIA NOS SONHOS - A VISÃO À DISTÂNCIA, EM SONHO, DE FACTOS ACTUAIS - OS SONHOS PREMONITÓRIOS E A ADIVINHAÇÃO DO FUTURO.

Eis o que o autor escreve em INTRODUÇÃO sobre esta obra:
- «As constantes e universais aspirações da humanidade pensante, a lembrança e o respeito dos mortos, a ideia inata de uma justiça imanente, o sentimento de nossa consciência e de nossas faculdades intelectuais, a miserável incoerência dos destinos terrestres, comparada à ordem matemática que rege o Universo, a imensa vertigem do infinito e da eternidade que nos vem das alturas da noite constelada e, no fundo de todas as nossas concepções, a identidade permanente do nosso eu, apesar das variações e das transformações perpétuas da substância cerebral – tudo concorre para nos dar a convicção da existência de nossa alma como entidade individual, da sua sobrevivência à destruição do nosso organismo corporal e da sua imortalidade.
«A demonstração científica, entretanto, não está ainda feita, e os fisiologistas ensinam, ao contrário, que o pensamento é uma função do cérebro, que sem este não há pensamento e que tudo em nós se extingue com a morte do corpo. Há flagrante contradição entre as superiores aspirações da humanidade e as conclusões da chamada ciência positiva.
«Por outro lado, não se pode saber, nem se pode afirmar, senão aquilo que se conseguiu aprender, e ninguém saberá jamais senão o que lhe for dado aprender. Somente a ciência progride na história actual da humanidade. «Ainda que bem raramente se lhe faça a justiça e se lhe testemunhe o reconhecimento a que faz jus, a verdade é que a Ciência transformou o mundo. Estão firmados sobre ela, na época presente, os alicerces da nossa vida intelectual e mesmo da nossa vida material. Somente a ciência nos pode esclarecer e conduzir.
«Esta obra é um ensaio de análise científica de factos considerados, geralmente, como estranhos à ciência e até mesmo como incertos, fabulosos e mais ou menos imaginários.
«Mostrarei que tais factos existem.
«Tentarei aplicar os métodos das ciências de observação à constatação e à análise de fenómenos relegados até agora, em regra, ao domínio dos contos, do maravilhoso ou do sobrenatural e procurarei demonstrar que eles são produzidos por forças ainda desconhecidas e pertencentes a um mundo invisível, natural, diferente do que é abrangido pelos nossos sentidos»

A seguir apresentamos transcrições seleccionadas desta obra no sentido de serem demonstrativas do estilo do autor e da abordagem temática:
- «O inquérito da Sociedade Psíquica de Londres conduziu ao seguinte resultado (Dariex, Annales des Sciences Psychiques, 1891, pág. 300):
«Não se tem observado mais do que uma alucinação visual para 248 pessoas. Procurando a probabilidade de coincidência fortuita da morte do agente A com a alucinação do percipiente B, chega-se ao seguinte resultado:
...1.......... 22......... 1............ 1
–––– x ––––– x –––– = –––––––––
248 .....1.000.... 365..... 4.114.545
que mostra ser a hipótese de uma acção telepática real 4.114.545 vezes mais provável do que a hipótese da coincidência fortuita. Quatro milhões, cento e catorze mil, quinhentos e quarenta e cinco vezes mais provável! Eis aí um número que começa a revelar-se com certa eloquência. Já se chega, pois, a uma probabilidade fantástica, supondo que em todos os casos a coincidência da alucinação com o acontecimento produziu-se 12 horas antes ou 12 horas depois, isto é, durante um lapso de tempo de 24 horas; mas quanto se tornaria mais fantástica ainda essa probabilidade se fossem tomadas em consideração coincidências mais aproximadas, como é de regra, e sobretudo se fosse calculado o algarismo de probabilidade de um caso em que a coincidência fosse imediata!
«Tomemos como exemplo, para mostrar o valor desse argumento, o caso seguinte, consignado nos Phantasms of the Living:
«Nicolas S... e Frederico S... estavam empregados no mesmo escritório há oito anos e eram muito amigos. Grande mesmo era a estima que um votava ao outro. Na segunda-feira, 19 de março de 1883, quando Frederico S... chegou ao escritório, queixou-se de ter sofrido uma indigestão. Foi consultar um farmacêutico que diagnosticou mau estado do fígado e deu-lhe um medicamento. Quinta-feira não deu ele mostras de ir muito melhor. Sábado não foi ao escritório e Nicolas S... soube que seu amigo submetera-se a exame com um médico que lhe recomendou um repouso de dois ou três dias, mas que não achava gravidade no caso. Nesse mesmo sábado, 24 de março, pela tarde, estando sentado em seu quarto, viu ele diante de si o seu amigo, vestido como de costume. Notou alguns detalhes da toilette: chapéu circundado de uma fita negra, sobretudo desabotoado, uma bengala na mão, etc. O espectro fixou o olhar em seu amigo, depois desapareceu. Este lembrou-se imediatamente das palavras de Job: E um espírito passou diante de mim e eriçaram-se-me os pelos da minha carne. Nesse momento um frio glacial atravessou-o e seus cabelos arrepiaram-se. Voltou-se ele, então, para sua mulher e perguntou-lhe que horas eram. – Nove horas menos 12 minutos – respondeu ela.
«Ao que acrescentou ele: – A razão pela qual vos perguntava é que Frederico morreu. Acabo de vê-lo. Tratou ela de persuadi-lo de que isso era um efeito de sua imaginação; afirmou-lhe, porém, ele que a visão se lhe apresentara de um modo tão nítido, que nenhum argumento poderia fazê-lo mudar de opinião. No dia seguinte, domingo, pelas 3 horas da tarde, o irmão de Frederico veio participar a morte, ocorrida na véspera, pelas 9 horas»

- «(Carta 204) Em 1872 ou 1873, minha mãe, ainda moça, residia na rua “des Tonnelles”, em casa de sua mãe. Ela conhecia uma família, Morange, de gente pobre, residente na rua Saint Antoine, perto do Liceu Charlemagne. Um sábado, à noite, ela encontra essa família e a pequena Morange, que a queria muito, vem mostrar-lhe um vestido novo, posto naquele mesmo dia. Deixando a menina, minha mãe entra em casa. Na manhã seguinte, ao despertar, conta-lhe sua mãe haver sonhado que a família Morange estava morta. No correr dessa manhã mesma, sabe-se que todos eles morreram durante a noite no incêndio de sua casa. Marcel Gerschel. Arrabalde Saint Denis, 80, Paris»

- «um espírito pode agir a distância sobre um outro, sem ser, como habitualmente acontece, por intermédio da palavra ou de outro qualquer meio sensível. Parece-nos de todo impossível rejeitar-se esta conclusão, desde que os factos sejam aceites […] Nada há de anti-científico nem de romanesco em admitir-se que possa uma ideia agir a distância sobre um cérebro. Fazei vibrar uma corda de violão ou de piano: a certa distância, uma outra corda de violão, de piano, vibrará e emitirá um som. A ondulação do ar é transmitida com a primeira»

Terminamos como o livro, com o seguinte excerto:
- «Cumpre sinceramente confessar, com efeito, que o que menos conhecemos ainda é a nossa própria natureza. A máxima de Sócrates: Conhece-te a ti mesmo! pode sempre inspirar os nossos mais nobres pensamentos. Todo autor tem seus imperativos de consciência. Não se deve dizer senão o que se sabe. Talvez mesmo nem sempre se deva dizer tudo o que se sabe; mas até na vida normal quotidiana, não deveríamos jamais dizer senão o que sabemos. Estudemos, portanto, trabalhemos e esperemos. O acervo dos factos de ordem psíquica mostra que vivemos em meio de um mundo invisível, no seio do qual operam forças ainda desconhecidas, o que está de acordo com o que sabemos sobre o limite dos nossos sentidos físicos e sobre os fenómenos da Natureza. É mesmo precisamente por causa de tal estado de coisas que tem este trabalho por título O Desconhecido»

DESEJAMOS UMA BOA LEITURA!

Carmen, 2011.Mar15.AELA-Destaques

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