sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CENTRO ESPÍRITA - a responsabilidade de cada um

 Agora que o período de férias do mês de Agosto está praticamente terminado, um pouco por todo o lado, prepara-se o reínicio das actividades nos Centros Espíritas, onde a ajuda fraterna e o amor ao próximo, encarnados e desencarnados, volta a assumir um dos principais objectivos de qualquer trabalhador da seara espírita.


Reconstitue-se o grupo de trabalho espírita, composto por seres imperfeitos, cada qual com a sua individualidade, onde o ego de cada um vai assumindo o comando da vontade e dificultando a nossa transformação moral.
E o esforço de cada um, na manutenção de um clima harmonioso, solidário, fraterno e responsável, em cada uma das instituições espíritas que frequentamos, é algo que se impõe, conhecedores de que a tarefa não é fácil e que, em cada esquina, aguarda-nos um obstáculo a superar.
A doutrina espírita, inquestionavelmente alicerçada na moral cristã, ensina-nos a “Fazer aos outros aquilo que queremos que nos façam”, o que implica uma redobrada tolerância para com as imperfeições de cada um dos nossos irmãos, sem prescindir na exigida disciplina que se torna imprescindível existir no funcionamento do grupo de trabalho espírita.





E a espiritualidade superior sempre atenta e esforçada, faz-nos por relembrar qual deve ser o nosso comportamento e as consequências da nossa imprevidência. O espírito de Bezerra de Menezes fez questão de sublinha esse aspecto em Dramas da Obsessão, 3.ª parte, Conclusão, cap. 3, psicografias de Yvonne A. Pereira, FEB, 9ª edição, pags. 145 a 147:
     “ As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a serviço da Terceira Revela ção. Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão-de conservar-se imaculados, por tando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indis pensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mes­mos trabalhos, por anularem as suas profundas possi bilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifes tações inferiores do caráter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembléias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais am bientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.
     Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspira ções elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do garga lhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passa-tempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos ama dos ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentor da con fiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empre endimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Somente esses, portanto, serão regis tados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou tem plos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as me lindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer.”

João Batista

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