Não será a Consciência Moral transversal a todos os estádios de evolução espiritual?
No artº 6 do cap. 1º da terceira parte do Catecismo da Igreja Católica redigido depois do Concílio Vaticano II, pode ler-se " No fundo da própria consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer. Essa voz, que sempre o está a chamar ao amor do bem e à fuga do mal, faz-se ouvir no momento oportuno, na intimidade do seu coração (...). O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus..."
Ora esta lei funciona como um motor que impele o homem para a finalidade de toda a creação, e esta finalidade é a Perfeição última a atingir e a que Deus o destinou.
Então se Deus nos destinou à Perfeição mas se Deus nos creou simples e ignorantes ( Livro dos Espíritos 115) o que é que nos empurra para a satisfação da necessidade de evolução?
Estamos, pois, em estado de caminho e só através do progressivo conhecimento da verdade nos vamos aproximendo da da Perfeição.
Este progressivo conhecimento, esta contínua percepção dos princípios da moralidade vai formando a consciência moral, tornando-a informada, recta e verídica.
Se no princípio o nível do conhecimento é insípido e portanto diminuta a consciência da verdade universal do bem, a formação contínua adquirida ao longo das sucessivas experiências vai mostrando qual o caminho a seguir.
Mas a consciência moral, a tal voz que está sempre a chamar ao amor do bem e à fuga do mal, está em nós desde o princípio e evoluirá continuamente, mais ou menos rápido de acordo com a nossa coragem em lhe obedecermos.
E evoluirá até que atinjamos a moral absoluta, até atingirmos aquele estado de consciência em que não cometemos erros.
Portanto, a consciência moral é transversal a todos os estados de evolução espiritual em que nos encontremos e atingirá um ponto máximo e absoluto
Guilherme
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