domingo, 27 de dezembro de 2009

CHICO XAVIER - O filme

O site Omelete, publicou o trailer de Chico Xavier - O Filme. Esta é uma produção conjunta da Sony Pictures com a Globo Filmes, o orçamento é de 7 milhões de reais, algo bastante considerável para a realidade económica brasileira.

A história do filme é inspirada no livro As Vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior,famoso médium brasileiro, tendo sido um célebre divulgador do espiritismo no País, tendo uma vasta obra literária sobre o assunto.

Elenco: Nelson Xavier, Rosi Campos, Ângelo Antônio, Tony Ramos, Paulo Goulart, Ailton Graça, Christiane Torloni, Cássia Kiss, Giovana Antonelli e Pedro Paulo Rangel, entre outros. A realização ficará a cargo de Daniel Filho (Tempos de Paz; A Mulher Invisivel). A estreia é prevista para dia 4 de Abril, em todo o território Brasileiro.






sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal


«Natal quer dizer nascimento. Nascer. É tradição chamar-se Natal ao dia 25 de Dezembro porque nesse dia nasceu Jesus Cristo. Para uns é o filho de Deus, para outros é apenas um homem mas, de qualquer maneira, um homem bom. Por isso, quando nasce um menino é sempre Natal. Quanto tu nasceste também foi Natal e foram os teus pais que o fizeram.»
In “Operários do Natal”, textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa.
Estamos, então, a celebrar um nascimento. Não me recordo quem é o autor da frase que diz que «Cada criança que nasce, traz consigo a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança no homem» porque cada nova vida é uma aventura que embora escrita nas esferas superiores não está ainda escrita por nós. Cada decisão que tomamos, a cada momento, altera o futuro. O futuro é e será a consequência do que estamos a fazer neste momento. Se optarmos por uma via, ela conduzir-nos-á a um caminho; se optarmos por outra via, o resultado pode ser idêntico, mas nunca será igual.
Diz-se em “O livro dos Espíritos”: «As predisposições instintivas são as do Espírito antes de encarnar. Conforme seja este mais ou menos adiantado, elas podem arrastá-lo à prática de actos repreensíveis, no que será secundado pelos Espíritos que simpatizam com essas disposições. Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se tenha a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder.»
Quando no Novo Testamento se diz: «Não te admires de Eu te ter dito: Tendes de nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito» (Jo 3, 7-8) estamos a ser informados que as nossas acções conduzirão, a cada momento, a diferentes caminhos de acordo com as nossa opções, a caminhos que não sabemos de onde vêm nem para onde vão.
Significa isso que devemos cruzar os braços, sentarmo-nos a um canto e esperar que a crise passe?
Em quase todas as doutrinas se chama a atenção para os perigos a que nos sujeitamos todos os que nos limitamos a falar, sem agir. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, encontramos o seguinte: «Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, os seus actos acarretam-lhe, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou não. Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo.»
As provas por que passamos não têm por fim «dar a Deus esclarecimentos sobre o homem, pois que Deus sabe perfeitamente o que ele vale, mas dar ao homem toda a responsabilidade de sua acção, uma vez que tem a liberdade de fazer ou não fazer.» (O Livro dos Espíritos)
Nós estamos a experienciar uma nova vida. O que está em causa é o que nós formos capazes de fazer com ela. De cada vez que definimos novas metas para a nossa vida, novos objectivos, estamos a dar um novo impulso ao nosso querer mas raramente assumimos com toda a nossa energia esse querer. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” somos esclarecidos que, além do Anjo guardião, temos Espíritos protectores que, embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Mas que temos também Espíritos sedutores que se esforçam por nos afastar das veredas do bem, sugerindo-nos maus pensamentos. Aproveitam-se de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas, que lhes facultam acesso à nossa alma. Alguns há que se nos aferram, como a uma presa, mas que se afastam, ao reconhecerem-se impotentes para lutar contra a nossa vontade.
Porque não aproveitamos este Natal para nos elevarmos acima de nós próprios, aperfeiçoando a nossa moral? Porque não nos renascemos no objectivo de que cada uma das nossas obras, por mais insignificante que a consideremos, concorre efectivamente para a plenitude do centro divino do Universo?

Natal quer dizer isto mesmo: Nascimento !


Texto de reflexão lido na 3ª feira, dia 22 de Dezembro de 2009, na reunião da AELA

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NOS INSTANTES DIFÍCIEIS



Nas dificuldades do dia-a-dia, esqueça os contratempos e siga em frente, recordando que DEUS esculpiu em cada um de nós a faculdade de resolver os nossos próprios problemas.


A vida é aquilo que você deseja diariamente.


A renovação autêntica tem de começar em nós mesmos.


Você prepara o caminho para quaisquer ocorrências pensando em torno delas.


A palavra é porta de entrada para as suas realizações.


Carregar ressentimentos é bloquear seus próprios recursos.


Encolizar-se é dinamitar o seu próprio trabalho.


Não sofra hoje pela neurose que talvez lhe venha comprovar a compreensão e a resistência, em futuro remoto.


Os problemas existirão sempre em redor de nós e apesar de nós.


Olvide ofensas e desgostos, tribulações e sombras e continue trabalhando quanto puder no bem de todos, recordando que o tópico mais importante do seu caminho será sempre servir.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Respostas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. Capítulo 19

sábado, 12 de dezembro de 2009

MEDITAÇÃO

A palavra meditação vem do Latim, meditare, que significa voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si. 
Como possível definição é um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos, procurando uma abertura mental para o divino, invocando a orientação de um poder mais alto;
A nossa mente encontra-se continuamente pensando no passado (memórias) e o futuro (expectativas). Com a devida atenção, é possível diminuir a velocidade dos pensamentos, para se observar um silêncio mental. Através da meditação, é possível separar os pensamentos da parte de nossa consciência que realiza a percepção.
Com a prática frequente da meditação é possível disciplinar os nossos pensamentos e apaziguar as nossas emoções, com benefícios evidentes para a nossa saúde física.


Veja esta pequena animação



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A DEPRESSÃO CHEGA QUANDO MENOS SE ESPERA !


O suicídio do guarda-redes internacional alemão Enke (ex-guarda-redes do Benfica) deixou o meio  desportivo internacional em estado de choque. Enke tinha 32 anos.
O futebolista deixou uma carta de despedida à família antes de se dirigir para a passagem de nível de Neustadtam Rubenberge - nos arredores de Hannover, a curta distância da campa de Lara, a filha única, falecida em 2006, vítima de problemas cardíacos. O suicídio foi o capítulo final de um vida de "graves depressões", confirmadas pelo médico do jogador, Valentin Makser. Esta foi uma das várias notícias, que a propósito do sucedido, foram relatadas em jornais de diversos países.
Não fosse o facto de Enke ser um desportista internacional, o seu suicídio passaria completamente despercebido a muita gente, tal como despercebidos passam os incontáveis suícídios de pessoas com graves depressões e que decidem terminar a sua vida por não conseguirem suportar a pressão emocional com que são confrontadas.
Recentes notícias nacionais apontam para o facto de que “a depressão afecta 6 a 10% da população idosa em Portugal. A doença no País é pouco diagnosticada entre os mais velhos, mas é mais agressiva, podendo até provocar AVC. Tristeza e apatia ainda são considerados sintomas normais da terceira idade."
"Um dos grandes problemas da depressão geriátrica é a dificuldade de diagnóstico. Alguns médicos consideram que a tristeza e a apatia sentida por alguns idosos é característica da idade e não um sinal de depressão", alertou um  especialista.
A depressão é hoje considerada como um dos principais flagelos de saúde no século XXI, existindo dados, há muito avançados pela Organização Mundial de Saúde, que apontam para que 12 % da população mundial sofra de depressão crónica, afectando pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade.
O termo depressão é dado a alguns equívocos. Geralmente, é confundido com a melancolia ou com a tristeza. A melaconlia pode ser considerada como uma tristeza suave, sendo também um estado psíquico. Por seu lado, a tristeza é uma emoção presente na vida de qualquer pessoa e que, em determinadas situações, em conformidade com a sua intensidade e duração, não necessitará do recurso a tratamento médico. A depressão é uma situação mais grave. Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após experiências ou situações que nos afectam de forma negativa. No entanto, se os sintomas se agravam e prolongam por mais de duas semanas consecutivas, convém procurar ajuda. E aqui importa precisar que todos nós, de forma diferentes, já conhecemos episódios depressivos.
Normalmente o depressivo não compreende a sua situação, esta sendo mais facilmente detectada por amigos e familiares próximos de si.. O depressivo compreendendo que está nessa situação deve recorrer a ajuda especializada: o seu médico de família, psicólogo, psiquiatra ou psicoterapeuta.
As causas ou os factores de risco da depressão diferem muito de pessoa para pessoa. Porém, é possível afirmar-se que há factores que influenciam o aparecimento e a permanência de episódios depressivos, destacando-se, entre outros, os seguintes; Pessoas com episódios de depressão no passado; com história familiar de depressão; que sofrem um qualquer tipo de perda significativa; com doenças crónicas; que coabitam com um familiar portador de doença grave e crónica e pessoas idosas.
Os especialistas quando pretendem elaborar um diagnóstico procuram os seguintes sintomas; psíquicos,  fisiológicos e  as alterações comportamentais.
          Do ponto de vista da Doutrina Espírita, a abordagem da depressão é feita de uma forma mais ampla onde, para além dos factores biológicos, psicológicos e sociais, surgem os factores espirituais que são particularmente importantes para nós.
       O ser humano é um espírito eterno revestido de um corpo físico. Cada um de nós é uma individualidade imortal a qual, no decurso do seu processo evolutivo e nas sucessivas reencarnações, vai experienciando diversas vivências que se vão acumulando no nosso inconsciente profundo.
A depressão tem um núcleo principal, ou seja uma causa principal, a volta dos quais giram os pensamentos do depressivo. É aqui que reside o essencial do problema. Essa causa, que em psicologia se pode chamar de complexo, não estando devidamente identificada e não sendo por nós controlada, provoca inevitavelmente um enorme desgaste psíquico, ou por outras palavras a nossa energia psíquica é consumida de uma forma descontrolada.
É importante, pois, que o depressivo procure encontrar essa causa principal, não o podendo fazer sozinho, deve recorrer a ajuda especializada.
No livro “O AMOR COMO SOLUÇÃO”, no capítulo 22, Doenças da alma, do espírito Joanna de Ângelis e psicografia de Divaldo de Franco, a autora espiritual refere o seguinte:
“A causa de todo o transtorno e disfunção grave que tenha lugar na organização celular do ser humano ou nos tecidos delicados da sua psique, encontra-se fixada no espírito, o incansável desbravador dos horizontes inconquistados do progresso, que os insculpe como necessidades evolutivas.
Enfermidades, portanto, é resultado de inarmonia das vibrações emitidas pelo ser pensante.
Essas ondas incessantes, que partem do dínamo mental gerador, interferem, desde a concepção, no instrumento fisiológico, gerando distúrbios psicológicos, psiquiátricos e orgânicos.”
Este pequeno texto permite identificar a depressão como sendo uma doença da alma que se desperta pela maneira do indivíduo pensar (resultante do seu psiquismo) e agir, manifestando através do processo de somatização os mais diversos sintomas causados pelos vários factores internos e externos.
Na abordagem espírita os efeitos da depressão no nosso organismo têm como causa o espírito eterno. E importa compreender que tudo tem a sua origem no plano dos nossos pensamentos, gerados no nosso campo mental. A reeducação desses pensamentos afigura-se importante, para que as nossas emoções e os nossos sentimentos ao surgirem estejam controlados na sua intensidade.
E importa ter presente que a depressão pode dar origem a um processo obsessivo, devido à criação de um campo mental propício a que entidades inferiores se sintonizem com o depressivo. E a partir dessa sintonização, o problema complica-se com quadros obsessivos de difícil solução os quais, no extremo, podem conduzir ao suicídio.

Instalada a obsessão impõe-se uma ajuda espiritual especializada que possa responder ao problema.     Neste particular, o recurso a um Centro Espírita credível e competente, poderá ser o início de um processo de recuperação do depressivo, onde a principal componente será a sua transformação moral, que só ele próprio poderá concretizar. Isto, sem prejuízo de a ajuda médica específica poder e dever coexistir com o tratamento espiritual.


João Batista


domingo, 6 de dezembro de 2009

Não será a Consciência Moral transversal a todos os estádios de evolução espiritual?

No artº 6 do cap. 1º da terceira parte do Catecismo da Igreja Católica redigido depois do Concílio Vaticano II, pode ler-se " No fundo da própria consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer. Essa voz, que sempre o está a chamar ao amor do bem e à fuga do mal, faz-se ouvir no momento oportuno, na intimidade do seu coração (...). O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus..."

Ora esta lei funciona como um motor que impele o homem para a finalidade de toda a creação, e esta finalidade é a Perfeição última a atingir e a que Deus o destinou.

Então se Deus nos destinou à Perfeição mas se Deus nos creou simples e ignorantes ( Livro dos Espíritos 115) o que é que nos empurra para a satisfação da necessidade de evolução?

Estamos, pois, em estado de caminho e só através do progressivo conhecimento da verdade nos vamos aproximendo da da Perfeição.

Este progressivo conhecimento, esta contínua percepção dos princípios da moralidade vai formando a consciência moral, tornando-a informada, recta e verídica.

Se no princípio o nível do conhecimento é insípido e portanto diminuta a consciência da verdade universal do bem, a formação contínua adquirida ao longo das sucessivas experiências vai mostrando qual o caminho a seguir.

Mas a consciência moral, a tal voz que está sempre a chamar ao amor do bem e à fuga do mal, está em nós desde o princípio e evoluirá continuamente, mais ou menos rápido de acordo com a nossa coragem em lhe obedecermos.

E evoluirá até que atinjamos a moral absoluta, até atingirmos aquele estado de consciência em que não cometemos erros.

Portanto, a consciência moral é transversal a todos os estados de evolução espiritual em que nos encontremos e atingirá um ponto máximo e absoluto

Guilherme

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