sexta-feira, 16 de julho de 2010

Em Destaque - Nosso Lar por Francisco C. Xavier

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NOSSO LAR

por Francisco Cândido Xavier


Colecção A Vida no Mundo Espiritual

1. Nosso Lar (1944)
2. Os Mensageiros (1944)
3. Missionários da Luz (1945)
4. Obreiros da Vida Eterna (1946)
5. No Mundo Maior (1947)
6. Libertação (1949)
7. Entre a Terra e o Céu (1954)
8. Nos Domínios da Mediunidade (1955)
9. Acção e Reacção (1957)
10. Evolução em Dois Mundos (1958)
11. Mecanismos da Mediunidade (1960)
12. Sexo e Destino (1963)
13. E a Vida Continua... (1968)

QUANDO O SERVIDOR ESTÁ PRONTO, O SERVIÇO APARECE


Esta obra é uma psicografia ditada pelo Espírito André Luiz ao médium Francisco Xavier e, formalmente, é o primeiro dos treze livros que constituem a Colecção A Vida no Mundo Espiritual.

Nas primeiras linhas de Novo Amigo, que serve de prefácio á obra, e assinado por Emmanuel podemos ler:

- «Por vezes, o anonimato é filho do legítimo entendimento e do verdadeiro amor. Para redimirmos o passado escabroso, modificam-se tabelas da nomenclatura usual na reencarnação. Funciona o esquecimento temporário como bênção da Divina Misericórdia. André precisou, igualmente, cerrar a cortina sobre si mesmo.
«É por isso que não podemos apresentar o médico terrestre e autor humano, mas sim o novo amigo e irmão na eternidade. Por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão. Os que colhem as espigas maduras, não devem ofender os que plantam a distância, nem perturbar a lavoura verde, ainda em flor […] de há muito desejamos trazer ao nosso círculo espiritual alguém que possa transmitir a outrem o valor da experiência própria, com todos os detalhes possíveis à legítima compreensão da ordem que preside o esforço dos desencarnados laboriosos e bem-intencionados, nas esferas invisíveis ao olhar humano, embora intimamente ligadas ao planeta […] A surpresa, a perplexidade e a dúvida são de todos os aprendizes que ainda não passaram pela lição […] Todo leitor precisa analisar o que lê»

Esta obra está subdividida em 50 capítulos e, como exemplo, apresentamos os títulos de alguns: Nas Zonas Inferiores - A Oração Colectiva - O Médico Espiritual - Organização de Serviços - Problema de Alimentação - A Visita Materna - Noções de Lar - Novas Perspectivas - Vampiro - Curiosas Observações - Encontro Singular - O Sonho - A Palavra do Governador - No Campo da Música - Sacrifício de Mulher - Regressando à Casa - Cidadão de Nosso Lar.

Em Mensagem de André Luiz podemos ler:

- «A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões.
«O grande rio tem seu trajecto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria […] É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efectuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas.
«Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa»

As transcrições a seguir referidas têm como objectivo facilitar a observação do estilo do autor, assim como a sua abordagem temática:

- «Eu guardava a impressão de haver perdido a ideia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito. Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos.
«Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis? Impossível esclarecer. Sentia-me, na verdade, amargurado duende nas grades escuras do horror. Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível assenhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia a voz estentórica, lamentos mais comovedores que os meus respondiam-me aos clamores. «Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente. «Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura. Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o assombro […] fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? «Perdera toda a noção de rumo […] De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção do sono. Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me, irónicos; era imprescindível fugir deles […] Em momento algum, o problema religioso surgiu tão profundo a meus olhos»

- «Consolou-me a palavra maternal, reorganizando-me as energias interiores. Minha mãe comentava o serviço como se fora uma bênção às dores e dificuldades, levando-as a crédito de alegrias e lições sublimes. Inesperado e inexprimível contentamento banhava-me o espírito. Aqueles conceitos alimentavam-me de estranho modo. Sentia-me outro, mais alegre, animado e feliz.
« – Oh! minha mãe! - exclamei comovido - deve ser maravilhosa a esfera da sua habitação! Que sublimes contemplações espirituais, que ventura!.
«Ela esboçou um sorriso significativo e obtemperou: – A esfera elevada, meu filho, requer, sempre, mais trabalho, maior abnegação. Não suponhas que tua mãe permaneça em visões beatíficas, a distância dos deveres justos. Devo fazer-te sentir, no entanto, que minhas palavras não representam qualquer nota de tristeza, na situação em que me encontro. É antes revelação de responsabilidade necessária. Desde que voltei da Terra, tenho trabalhado intensamente pela nossa renovação espiritual. Muitas entidades, desencarnando, permanecem agarradas ao lar terrestre, a pretexto de muito amarem os que demoram no mundo carnal. Ensinaram-me aqui, todavia, que o verdadeiro amor, para transbordar em benefícios, precisa trabalhar sempre. Desde minha vinda, então, procuro esforçar-me por conquistar o direito de ajudar aqueles que tanto amamos»

E terminamos com o seguinte excerto:

- « – Precisamos organizar - dizia ela - determinados elementos para o serviço hospitalar urgente, embora o conflito se tenha manifestado tão longe, bem como exercícios adequados contra o medo.
« – Contra o medo? - acrescentei, admirado.
« – Como não? - objectou a enfermeira, atenciosa. – Talvez estranhe, como acontece a muita gente, a elevada percentagem de existências humanas estranguladas simplesmente pelas vibrações destrutivas do terror, que é tão contagioso como qualquer moléstia de perigosa propagação. Classificamos o medo como dos piores inimigos da criatura, por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças mais profundas. Observando-me a estranheza, continuou: – Não tenha dúvida. A Governadoria, nas actuais emergências, coloca o treino contra o medo muito acima das próprias lições de enfermagem. A calma é garantia do êxito. Mais tarde, compreenderá tais imperativos de serviço»

DESEJAMOS UMA BOA LEITURA!

Carmen, 2010.Jul.15 AELA - Destaques

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