segunda-feira, 25 de outubro de 2010

OBSESSÃO E DOENÇA
... sua prevenção e tratamento

«No texto seguinte, retirado do livro " O Reino de Deus”, de João Nunes Maia, ditado pelo Espírito Miramez, sob o título – Obsessão e Doença – o autor espiritual fala-nos que muitos dos distúrbios de ordem mental e psíquica têm origem não em problemas orgânicos, mas em processos desencadeados por obsessores»


«A obsessão no mundo é responsável pelo abarrotamento dos hospitais em toda parte. O médium vidente é considerado como fanático até pelos seus próprios companheiros, quando afirma que quase todos os enfermos têm “acompanhantes” espirituais.
«A verdade nem sempre é bem entendida nos bastidores da Terra. A Doutrina Espírita, divino percurso que a medicina pode usar sem detrimento da sua honrosa missão de curar, pode ajudar com maior proveito no restabelecimento dos doentes. O médico espiritualista cura mais, falando e dando conselhos, do que medicando. Sabe que a mente de cada ser é uma potência energética – campo ainda desconhecido dos homens – que consciente ou inconscientemente, comanda o fardo fisiológico. É dela e por ela que saem todas as ordens para o complicado funcionamento orgânico e para o metabolismo que tem a função de assegurar a vida física.
«É no campo mental do encarnado, consciente ou não, que os Espíritos actuam com mais eficiência, transmitindo as enfermidades. Essa força exterior, encontrando alguma afinidade, afecta mais ou menos a alma visitada, enlameando-a com as suas próprias deficiências. O plasma espiritual aloja-se na mente por algum tempo, depois toma várias direcções através do sistema nervoso, afectando órgãos ou lugares com mais propensão para a enfermidade, ou então reflecte sintomas com tendências à realidade, idênticos aos que sofria o Espírito desencarnado.
«O Espiritismo nunca teve nem terá a pretensão de destruir a medicina. Veio para lhe dar as mãos, porque também é uma ciência. Veio clarear a grande noite que atravessamos.
«Diz o Evangelho: [Lucas 13:11) E veio uma mulher possessa de Espírito de enfermidade, havia já dezoito anos. Essa mulher curada por Jesus tinha um acompanhante espiritual que, numa de suas encarnações, era encurvado. Apresentava, com certeza, algum defeito na espinha, e acompanhando a referida mulher, influenciou-a de maneira que se curvasse também. A afinidade ali foi completa no campo das emoções e dos costumes. Eis aí uma doença que remédio nenhum cura, a não ser quando retirado o "acompanhante" espiritual, como procedeu Jesus com a doente.
«Para que o enfermo não fique sujeito a outras visitas espirituais da mesma categoria, deve tomar remédios para a alma, que são modificadores do campo mental, expulsando da mente pensamentos negativos, para que não sejam atraídos espíritos inferiores, responsáveis pelo desequilíbrio orgânico da criatura. Não existe obsessão sem afinidade. É necessário desafinizar-se para desobsidiar-se […]
«E os doentes que se curam simplesmente com os remédios e ficam bons? Por que sararam? Alguns deles não tinham acompanhantes espirituais? A bondade de Deus não cobre toda a ignorância humana? Ora, em conexão com todos os médicos na Terra, existem médicos espirituais no anonimato silencioso, para que se cumpra a lei do amor de Deus por todas as criaturas. Dentro dos hospitais encontram-se responsáveis espirituais que velam por todos os enfermos.
«No entanto, se esses Espíritos encontrassem, na mente dos médicos como dos enfermos, a certeza dos seus trabalhos, a fé condizente com as necessidades espirituais, o trabalho seria muito mais eficiente, de muito maior proveito em favor dos que sofrem.
É lei evangélica: Ao que tem será dado mais, e ao que não tem, o pouco que tem lhe será tirado. Quem tem fé, esta se avoluma dia a dia. Quem tem coragem, ela aumenta sempre, e quem não tem, se porventura tenha um pouco, sem os cuidados dos valores espirituais, esse pouco vem a atrofiar-se.
«Esperamos que os psicanalistas e psiquiatras avancem mais um pouco e estudem a obsessão, interessando-se também pelo fenómeno da comunicação dos Espíritos e não deixem de lado a reencarnação, porque a Doutrina Espírita, através desses meios, muito poderá ajudar à medicina na sua grandiosa missão de curar [...]




A Obsessão Espiritual como doença da Alma, já é reconhecida pela Medicina

«Desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social.
«A Obsessão espiritual, passou oficialmente, a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID – O Código Internacional de Doenças – que permite o diagnóstico da interferência espiritual obsessora. O CID 10, item F.44.3 – define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou actuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença. Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença»


Seguidamente, podemos ler alguns conceitos e esclarecimentos sobre “Obsessão”

«Além do Codificador do Espiritismo, muitos outros escritores estudiosos da Doutrina Espírita, deram a conhecer os seus estudos, análises e conceitos sobre o tema em análise, concluindo que alguns Espíritos inferiores podem exercer domínio sobre certas pessoas, provocando distúrbios nos seus comportamentos, nomeadamente doenças de foro mental, cujas causas são desconhecidas pela ciência médica»

No livro, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, (cap. XXVIII - item 81), Allan Kardec esclarece o seguinte:
«Obsessão é a acção persistente que um mau espírito exerce sobre um indivíduo. Ela apresenta características muito diferentes, desde a simples influência moral, sem sinais exteriores sensíveis, até uma perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. […]
«Os maus espíritos existem em grande número em torno da Terra, em consequência da inferioridade moral dos seus habitantes, cuja acção maléfica faz parte dos flagelos aos quais a humanidade terrestre está exposta.
«A obsessão, assim como as doenças e todas as tribulações da vida, devem ser consideradas como uma prova ou uma expiação, e aceitas como tal.
Assim como as doenças são o resultado das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que permite o acesso a um mau espírito. […]
«A obsessão é, quase sempre, o resultado de uma vingança exercida por um espírito que, na maior parte das vezes, tem origem nas relações que o obsidiado teve com o obsessor numa existência precedente […]
«Nos casos de obsessão grave, o obsidiado está como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a acção dos fluidos salutares e os repele. É desse fluido que é preciso libertá-lo […]



Em“O Livro dos Espíritos” (Questão 469), Allann Kardec pergunta: Como neutralizar a influência dos maus Espíritos?
Obteve do benfeitor espiritual a seguinte resposta: “Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e destruís o império que queiram ter sobre vós. Desconfiai das sugestões dos Espíritos que suscitam em vós maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós e que vos insuflam as más paixões. Desconfiai, especialmente, dos que vos exaltam o orgulho, pois vos pegam pelo vosso ponto fraco.”


Ainda, em “O Livro dos Espíritos” (Questão 479), Allann Kardec pergunta: "A prece é um meio eficaz para a cura da obsessão?"
Obteve a seguinte resposta: “A prece é, em tudo, um poderoso auxílio; mas, acreditai, que não basta murmurar algumas palavras, para obter o que se deseja. Deus assiste os que agem e, não, os que se limitam a pedir. Portanto, é preciso que o obsidiado faça, da sua parte, o que for necessário para destruir, em si mesmo, a causa que atrai os maus Espíritos”

No livro “Educação para a Morte”, de José Herculano Pires, no Capítulo: “O Mandamento Difícil”, podemos ler:
«As pesquisas da Ciência Espírita mostraram que muitos dos nossos sofrimentos na Terra provêm das malquerenças do passado. Um inimigo no Além representa quase sempre ligações negativas, de forma obsessiva, para o que ficou na Terra sem saber perdoar. A técnica espírita da desobsessão, de libertar o homem das vibrações de ódio e vingança dos inimigos mortos, é precisamente a da reconciliação de ambos nas sessões ou através de orações reconciliadoras. A situação obsessiva é grandemente desfavorável para o que continua vivo na Terra, pois esqueceu-se dos males cometidos e o espírito obsessor, vingativo, lembra-se claramente de tudo. Por isso, as práticas violentas do exorcismo, judeu ou cristão, com ameaças exprobrações negativas do obsidiado, podem levar ao auge o ódio do obsessor.«A condição do obsessor no plano espiritual, alimentando o ódio que levou da Terra, é também de responsabilidade do obsidiado que não soube perdoar e pedir perdão […]


Em “O Livro dos Médios” (Capítulo XXIII - 251), podemos ler:
«A subjugação corporal tira muitas vezes ao obsidiado a energia necessária para dominar o mau Espírito. Daí o tornar-se precisa a intervenção de um terceiro, que actue, ou pelo magnetismo, ou pelo império da vontade. Em falta do concurso do obsidiado, essa terceira pessoa deve tomar ascendente sobre o Espírito; porém, como este só pode ser moral, só a um ser moralmente superior ao Espírito é dado assumi-lo e seu poder será tanto maior, quanto maior for a sua superioridade moral [...]
«Às vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a acção magnética de um bom magnetizador pode-lhe ser de grande proveito […]

Terminamos com um excerto do prefácio ditado por Emmanuel, no livro Desobsessão , pelo Espírito André Luiz , autores Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
«Salientando, pois, neste volume, precioso esforço de síntese no alívio aos obsessos, através dos colaboradores de todas as condições, rogamos ao Senhor que nos sustente a todos – tarefeiros encarnados e desencarnados – na obra a realizar, porquanto obsidiados e obsessores, consciente ou inconscientemente arrojados à desorientação, no mundo ou além mundo, são irmãos que nos pedem arrimo, companheiros que nos integram a família terrestre, e o amparo à família não é ministério que devamos relegar para a esfera dos anjos e sim obrigação intransferível que nos compete abraçar por nosso serviço»


CONCLUINDO

«A obsessão, decorre sempre de uma imperfeição moral que favorece a acção do obsessor, que se vale então da sintonia que a imperfeição de um propicia ao outro. Deriva daí, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar para melhorar a si próprio, o que muitas vezes é suficiente para livrá-lo do obsessor, sem necessidade de socorro externo.
«Evidentemente esse socorro torna-se necessário quando a obsessão progride para a subjugação ou a possessão, porque nesses casos o obsidiado perde a vontade e a capacidade de fazer uso do livre-arbítrio»

«A prevenção – Neutralizar a influência dos Espíritos de natureza inferior equivale a prevenir a obsessão»

«O tratamento da obsessão, exige, como condição indispensável, a transformação moral do paciente. É fundamental a elevação de seu padrão vibratório, através de bons pensamentos, boas atitudes e bons sentimentos, para que ele, elevando esse padrão, deixe de estar na frequência da mesma faixa vibratória do obsessor e fique, assim, fora do alcance da entidade desencarnada.
«A prática do bem e a confiança em Deus aparecem, assim, como factores essenciais na desobsessão»


Texto lido e debatido em reunião da AELA, na 3ª Feira, 12 de Outubro de 2010


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