Pensamos que há três situações distintas dos que se reclamam de Universalistas.
A primeira pertence aos materialistas que tomando conhecimento que o nosso veículo físico é também formado pelos elementos que constituem o universo material os leva a considerarem-se universais.
A segunda é a que englobando a parte espiritual a que pertencem as religiões, algumas até usam a palavra universal nas suas próprias denominações, chamando-se a si mesmas - religião universalista - por se acharem possuidores da verdade universal.
Este universalismo é estruturado pelos seus próprios postulados, formados pelas suas interpretações dos livros chamados sacros.
A terceira pertence àqueles que acreditando em Deus, a verdade absoluta, que está em toda a parte e que tudo creou em unidade, adquirem o seu estatuto de Universalistas, porque não se querem separar do todo a que pertencem, ou seja, são de todas as áreas do conhecimento quer material, quer espiritual e não são de nenhuma em particular.
No Universo toda a tendência evolucionista é para a unidade e não para o divisionismo.
Conhecemos espíritas com esta forma de pensar que não deixam de seguir a Doutrina Espírita e bem.
Não podemos negar que na Doutrina Espírita, como em qualquer organização religiosa e não só, existem várias categorias de adeptos: Os ortodoxos, os fundamentalistas, os fanáticos, os bem intencionados, os lúcidos, os instruídos, os ignorantes, os esclarecidos etc. etc.
Será que nós já não pertencemos a qualquer dessas categorias, ou ainda pertencemos a algumas delas?
Pelo estudo que temos feito da Doutrina Espírita temos encontrado nela toda uma tendência Universalista porque o seu Codificador que sendo de base cientifica teve a rara visão inteligente, de unir a ciência à filosofia e estas à religiosidade. A Doutrina Espírita não obriga a nada. A creatura é livre para agir como deseja, mas com a consciência de que todos somos responsáveis pelos próprios actos.
Para além disto, ALLAN KARDEC como cientista que era, sabia que tudo no Universo está em constante transformação e verificamos que na codificação esse assunto era de facto sua preocupação, o que demonstra que este homem era de grande honestidade e competência, dando provas de um carácter universalista, tornando assim a Doutrina Espírita evolucionista e infinita.
Se a Doutrina Espírita é uma Doutrina em evolução, de que racionalmente não se duvida, pois foi o próprio Codificador que obviamente o declarou, logo também é óbvio que os seres humanos que também se encontram em evolução evoluem com ela e ela com eles.
Pelo que sabemos não há qualquer obstáculo a compreender que a Doutrina Espírita conduz à evolução dos Seres humanos, através do seu estudo e prática, isso é um facto comprovado por nós próprios.
E sendo assim jamais poderá ser compreendida como imutável.
Abrame
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