quarta-feira, 26 de maio de 2010

Passes: uma reflexão sobre quem os faz e quem os recebe

Referindo-se à preparação para trabalhos de efeitos físicos eis como André Luiz se manifesta: “Alguns encarnados, como habitualmente acontece, não tomavam a sério a responsabilidade do assunto e traziam consigo emanações tóxicas, oriundas da nicotina, da carne e aperitivos, além das formas de pensamentos menos adequados à tarefa que o grupo devia realizar.”
Como se vê, ele demonstra que a carne é alimento tão tóxico e desaconselhável quanto o fumo ou o álcool. E não se trata de uma opinião pessoal, mas, sim, da indicação de efeitos reais observados directamente do lado de lá, por observador altamente credenciado. Isto exige que os operadores encarnados, tanto quanto possível, tenham boa saúde, sejam sóbrios na alimentação, no vestuário, nos costumes e altamente moralizados; que eliminem vícios, evitem tóxicos, inclusive os provindos de seus próprios organismos e aprendam a dominar suas emoções, para evitar a perda inútil de energia fluídica.
Por parte do doente ou do operador, haverá possibilidade mais ampla de permuta de fluidos bons e maus, sendo comuns os casos de transmissão de fluidos mórbidos do doente para o operador e vice-versa. Este último, além dos fluidos de cura, transmitirá com os passes, toxinas orgânicas ou medicamentosas e ainda mais: produtos vindos da esfera moral, das suas próprias paixões inferiores que, porventura, constituam a sua natural tonalidade vibratória. São muito comuns os casos de doentes submetidos a passes, dados por servidores sinceros e de boa vontade que, todavia, sentem, após a aplicação, inexplicável agravamento dos seus males, ou o acréscimo de novos, acompanhados de visível mal-estar que, justamente, resultam dessas impurezas a que nos referimos. Para dar passes, pois, não basta a boa vontade; é necessário também que o operador preencha uma série de condições físicas e psíquicas, tendentes à purificação de corpo e espírito. Conquanto seja certo que a boa vontade e o desejo evangélico de servir assegurem ao operador um grande coeficiente de assistência espiritual superior, todavia, a preparação judiciosa, pela purificação própria, aumentará grandemente a eficiência do trabalho.
No plano invisível, nas suas colónias, recolhimentos, hospitais e abrigos provisórios, os passes são dados ampla e sistematicamente, porém, sempre executados por operadores seleccionados, verdadeiros técnicos, profundos conhecedores do assunto, tanto na teoria como na prática. Eis o que diz Emmanuel [em “Segue-me!...” ] … :“Meu amigo, o passe é transfusão de energias fisiopsíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu beneficio. Se a moléstia, a tristeza e a amargura são remanescentes das nossas imperfeições, enganos e excessos, importa considerar que, no serviço do passe, as tuas melhoras resultam da troca de elementos vivos e actuantes. Trazes detritos e aflições e alguém te confere recursos novos e bálsamos reconfortantes. No clima da prova e da angústia, és portador da necessidade e do sofrimento. Na esfera da prece e do amor, um amigo converte-se no instrumento da Infinita Bondade, para que recebas remédio e assistência. Ajuda o trabalho de socorro a ti mesmo com o esforço da limpeza interna. Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas de criaturas que te não compreendem, foge ao desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos os que te cercam. O mal é sempre a ignorância e a ignorância reclama perdão e auxilio para que se desfaça, em favor da nossa própria tranquilidade. Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe que, em substância, é acto sublime de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.

Texto retirado de “Passes e Radiações” de Edgard Armond e debatido em reunião da AELA, 3ª feira, 25 de Maio de 2010

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